22 novembro 2006

A pilha

A minha relação com os livros é um bocado estranha porque na verdade não consigo ler um de cada vez. Tenho sempre uma pilha deles na mesinha-de-cabeceira para poder pegar naquele que me apetece ler no momento. Mas não é uma "pilha" qualquer. Existe a pilha de cima, constituída por aqueles que realmente estou a ler, e a pilha de baixo, os candidatos a leitura nos próximos tempos. E isto para já não falar da pilha de revistas que também se acumula num nível mais abaixo (também conhecido como chão), mas cuja ordem não tem um significado especial. Bem, manias à parte aqui fica a lista dos livros que tenho empilhados actualmente:

Pilha de cima


O primeiro é um dos best-sellers do momento, Marley & eu, basicamente a biografia de um cão (um pouco estouvado) segundo o seu dono. Para quem como eu sempre esteve habituado a animais de estimação o livro é uma deliciosa jornada que além de entreter, desperta algumas memórias bem antigas.


O segundo é o livro da psicóloga espanhola Pilar Varela, Ansiosa-Mente, sobre, é claro, a ansiedade, um dos grandes males modernos. Aliás a capa com a tampa da bic roída é exemplar. Resume bem o tema da forma mais simples possível. O discurso de Pilar é directo e descomplicado o que evita tornar o livro numa aula maçadora sobre o assunto.


O terceiro livro é sobre uma das minhas paixões, o cinema. William Goldman é um dos melhores argumentistas vivos e foi proscrito de Hollywood durante uns anos depois de ter escrito um livro sobre os bastidores do cinema. Mais recentemente e já com a carreira revitalizada publicou um segundo volume intitulado Which lie did I tell? More Adventures in the Screen Trade. Uma leitura muito divertida e com revelações interessantes sobre os meandros da sétima arte, à moda americana.

Pilha de Baixo


Bob Oxman é um conhecido especialista em assuntos asiáticos. Nos anos 90 foi-lhe diagnosticado o síndroma de personalidade múltipla. O seu livro Mente Fragmentada tenta descrever o que é viver com essa condição. O problema é que não basta ter algo interessante para se conta para se virar automaticamente escritor. Não é vergonha nenhuma contratar um profissional para tornar o nosso relato coeso e interessante. Mas neste caso Oxman tentou fazer tudo sozinho e isso infelizmente nota-se. Pretendo acabar de lê-lo mas para já não estou muito motivado.



A Biblioteca do Geógrafo foi um dos poucos livros que me chamaram a atenção numa das últimas revistas do Círculo de Leitores, e como tinha de encomendar alguma coisa mandei-o vir. Sei que é uma daquelas aventuras por terras exóticas com o desvendar de terríveis mistérios de consequências devastadoras. Como é daqueles no brainer estou a poupá-lo para umas férias.

1 bitaite:

José Santos disse...

Sim, também tenho uma pilha de livros na mesinha de cabeceira. Geralmente uns três ou quatro que se misturam com algumas revistas.

Ler só um livro foi coisa que nunca fiz! :-)